quinta-feira, 19 de julho de 2012

LEMBRETE

Gente,

Vou postar a continuação do RCP - Ressuscitação cardio-pulmonar da apostila do SIATE Paraná, mas depois irei postar outra apostila com atualização do RCP. Verifiquem o que mudou.

Até mais,

Karen

terça-feira, 10 de julho de 2012

ATENDIMENTO INICIAL - ABORDAGEM PRIMÁRIA


Abordagem Primária


Visa identificar e manejar situações de ameaça à vida, A abordagem inicial é realizada sem mobilizar a vítima de sua posição inicial, salvo em situações especiais que possam comprometer a segurança ou agravar o quadro da vítima, tais como:
● Situações climáticas extremas:Geada, chuva, frio, calor, etc.;
● Risco de explosão ou incêndio;
● Risco de choque elétrico;
● Risco de desabamento.

Obs.: Só se justifica mobilizar a vítima de sua posição inicial na abordagem primária quando a situação de risco não possa ser afastada.
Por exemplo: Havendo risco de choque elétrico e sendo possível a interrupção da passagem de energia, não há necessidade de mobilizar a vítima.

Na abordagem primária, havendo mais de uma vítima, o atendimento deve ser priorizado conforme o risco, ou seja, primeiro as que apresentem risco de morte, em seguida as que apresentem risco de perda de membros e, por último todas as demais. 

Esta recomendação não se aplica no caso de acidente com múltiplas vítimas, onde os recursos para o atendimento são insuficientes em relação ao número de vítimas e, por tanto, o objetivo é identificar as vítimas com maiores chances de sobrevida.A abordagem primária é realizada em duas fases:
1) Abordagem primária rápida;
2) Abordagem primária completa.

Abordagem Primária Rápida

É a avaliação sucinta da respiração, circulação e nível de consciência. Deve sercompletada em no máximo 30 segundos. Tem por finalidade a rápida identificação de condições de risco de morte, o início precoce do suporte básico de vida (SBV) e o desencadeamento de recursos de apoio, tais como médico no local e aeronave para o transporte.
Na abordagem primária rápida devem ser seguidos os seguintes passos:
1) Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da mesma está volta,garantindo-lhe o controle cervical;
2) Observar se a vítima está consciente e respirando. Tocando o ombro da vítimado lado oposto ao da abordagem, apresente-se, acalme-a e pergunte o que
aconteceu com ela: “Eu sou o... (nome do socorrista), do Corpo de Bombeiros, e
estou aqui para te ajudar. O que aconteceu contigo?”;
Uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente, que as vias aéreas estão permeáveise que respira. 


Caso não haja resposta, examinar a respiração. Se ausente a respiração, iniciar as manobras de controle de vias aéreas e a ventilação artificial.

3) Simultaneamente palpar pulso radial (em vítima inconsciente palpar direto o pulso carotídeo) e definir se está presente, muito rápido ou lento. Se ausente, palpar pulso de artéria carótida ou femoral (maior calibre) e, caso confirmado que a vítima está sem pulso, iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar.

4) Verificar temperatura, umidade e coloração da pele e enchimento capilar.
Palidez, pele fria e úmida e tempo de enchimento capilar acima de dois segundos
são sinais de comprometimento da perfusão oxigenação dos tecidos (choque hipovolêmico por hemorragia interna ou externa, por exemplo), que exigem intervenção imediata.

5) Observar rapidamente da cabeça aos pés procurando por hemorragias ou grandes deformidades.

6) Repassar as informações para a Central de Emergência.


Abordagem Primária Completa

Na abordagem primária completa segue-se uma seqüência fixa de passos estabelecida
cientificamente. Para facilitar a memorização, convencionou-se o “ABCD do trauma”
para designar essa seqüência fica de passos, utilizando-se as primeiras letras das
palavras (do inglês) que definem cada um dos passos:
1) Passo “A” (Airway) – Vias aéreas com controle cervical;
2) Passo “B” (Breathing) – Respiração (existente e qualidade);
3) Passo “C” (Circulation) – Circulação com controle de hemorragias;
4) Passo “D” (Disability) – Estado neurológico;
5) Passo “E” (Exposure) – Exposição da vítima (para abordagem secundária).

Lembre-se de somente passar para próximo passo após ter completado o passo
imediatamente anterior. Durante toda a abordagem da vítima o controle cervical deve ser mantido. Suspeitar de lesão de coluna cervical em toda vítima de trauma.



segunda-feira, 9 de julho de 2012

ATENDIMENTO INICIAL


O objetivo do atendimento inicial à vítima de trauma é identificar rapidamente situações que coloquem a vida em risco e que demandem atenção imediata pela equipe de socorro.Deve ser rápido, organizado e eficiente de forma que permita decisões quanto ao atendimento e ao transporte adequados, assegurando à vítima maiores chances de sobrevida.O atendimento inicial à vítima de trauma se divide em quatro etapas seqüenciais:
1) Controle de cena;
2) Abordagem primária;
3) Abordagem secundária;
4) Sinais vitais e escalas de coma e trauma.

1.1. Segurança do Local
Antes de iniciar o atendimento propriamente dito, a equipe de socorro deve garantir sua própria condição de segurança, a das vítimas e a dos demais presentes. De nenhuma forma qualquer membro da equipe deve se expor a um risco com chance de se transformar em vítima, o que levaria a deslocar ou dividir recursos de salvamento disponíveis para aquela ocorrência.


1.2. Mecanismo de Trauma
Enquanto se aproxima da cena do acidente, o socorrista examina o mecanismo de trauma, observando e colhendo informações pertinentes. Em uma colisão entre dois veículos, por exemplo, avaliar o tipo de colisão (frontal, lateral, traseira), veículos envolvidos, danos nos veículos, número de vítimas, posição dos veículos e das vítimas, etc.







quinta-feira, 5 de julho de 2012

SINAIS VITAIS - TEMPERATURA


Temperatura


Existem vários fatores que influenciam no controle da temperatura corporal, sendo influenciada por meios físicos e químicos e o controle feito através de estimulação do sistema nervoso. A temperatura reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo.

A temperatura corporal pode se elevar em situações de infecção, trauma, medo, ansiedade, etc. Exposição ao frio e choque são causas freqüentes de temperatura abaixo do normal.



Procedimentos e Locais para Verificação da Temperatura


O termômetro deve estar seco (se necessário enxugue com algodão ou gaze) e marcando temperatura inferior a 35ºC (se necessário sacudi-lo cuidadosamente até que a coluna de mercúrio desça).



A temperatura corporal pode ser medida nos seguintes locais:
● Boca – Temperatura Oral: Colocar o termômetro de vidro sob a língua da vítima, na bolsa sublingual posterior. Fazer com que a vítima mantenha o termômetro no local por 3 a 8 minutos com lábios fechados. O método oferece temperatura central e é indicado para aqueles que respiram pela boca com suspeita de infecção grave.
● Canal anal – Temperatura Retal: Para o adulto, inserir 03 centímetros do termômetro lubrificado no ânus. Não forçar o termômetro. Mantê-lo no local por 2 a 4 minutos. É contra-indicado após cirurgia do reto ou ferimento no reto e em pacientes com hemorroidas.
● Axila – Temperatura axilar: Mais utilizado, tendo em vista a facilidade. Colocar o termômetro no centro da axila, mantendo o braço da vítima de encontro ao corpo, e mantê-lo ali por 3 a 8 minutos. O método é conveniente, mas é contra-indicado para crianças pequenas; em pacientes com estado mental alterado, trauma facial ou distúrbio convulsivo; após fumar ou beber líquidos quentes ou frios; durante administração de oxigênio por cânula ou máscara; e na presença de sofrimento respiratório.




terça-feira, 3 de julho de 2012

SINAIS VITAIS - PRESSÃO ARTERIAL


A pressão arterial (PA) é a pressão exercida pelo sangue no interior das artérias. Depende da força desenvolvida pela sístole ventricular, do volume sanguíneo e da resistência oferecida pelas paredes das artérias.

O sangue sempre está sob pressão no interior das artérias. Durante a contração do ventrículo esquerdo (sístole) a pressão está no seu valor máximo, sendo chamada pressão sistólica ou máxima. Durante o relaxamento do ventrículo esquerdo (diástole) a pressão está no seu valor mínimo ou basal, sendo chamada
pressão diastólica ou mínima.

Valores médios de pressão arterial considerados ideais de acordo com a idade:
● 04 anos – 85/60 mmHg;
● 06 anos – 95/62 mmHg;
● 10 anos – 100/65 mmHg;
● 12 anos – 108/67 mmHg;
● 16 anos – 118/75 mmHg;
● Adultos – 120/80 mmHg;
● Idosos – 140 a 160/90 a 100 mmHg.


A posição em que a vítima se encontra (em pé, sentado ou deitado), atividade física recente e manguito inapropriado também podem alterar os níveis da pressão.



Vítimas particularmente sob o risco de alteração dos níveis tencionais são aqueles com doença cardíaca, doença renal, diabetes, hipovolemia ou com lesão craniana ou coluna espinhal.



Procedimentos para Medir a Pressão Arterial
Em casos de longa duração do atendimento pré-hospitalar (resgates em locais de difícil acesso e remoção), medir a PA a cada 5 minutos, anotando cada horário de tomada e respectivos valores.



Deve-se explicar para a pessoa o que será realizado. É comum entre profissionais de saúde ocultar da vítima o valor medido.
Isto costuma resultar em grande ansiedade para a vítima e, algumas vezes, em desconforto afetivo para ambos. O mais correto é, se a vítima perguntar o valor da pressão, informá - lo de forma neutra e imparcial.



Método Auscultatório
1) Posicione a vítima com o braço apoiado a nível do coração. Use, sempre que possível, o braço não traumatizado.
2) Localize o manômetro de modo a visualizar claramente os valores da medida.
3) Selecione o tamanho da braçadeira para adultos ou crianças. A largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80%.
4) Localize a artéria braquial ao longo da face interna superior do braço palpando-a.
5) Envolva a braçadeira, suave e confortavelmente, em torno do braço, centralizando o manguito sobre a artéria braquial. Mantenha a margem inferior da braçadeira 2,5cm acima da dobra do cotovelo. Encontre o centro do manguito dobrando ao meio.

6) Determine o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor (pressão sistólica palpada) e aumentando mais 30 mmHg.
7) Desinsufle rapidamente o manguito e espere de 15 a 30 segundos antes de insuflá-lo novamente.
8) Posicione o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na fossa antecubital. Deve
ser aplicado com leve pressão assegurando o contato com a pele em todos os pontos.
9) Feche a válvula da pera e insufle o manguito rapidamente até 30 mmHg acima da pressão sistólica palpada registrada.
10) Desinsufle o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por segundo.
11) Identifique a pressão sistólica (máxima) observando no manômetro o ponto
correspondente ao primeiro batimento regular audível.
12) Identifique a pressão diastólica (mínima) observando no manômetro o ponto correspondente ao último batimento regular audível.
13) Desinsufle totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento dos batimentos.
14) Retire o aparelho do braço e guarda-lo cuidadosamente afim de evitar danos.
15) Anote a PA e a hora. Exemplo PA. 126X84, 10h55min.


Causas Relacionadas ao Examinador
● Braço da vítima sem apoio dão pressões falsamente altas.
● O examinador posiciona o instrumento ao nível acima ou abaixo do coração ou comprime o estetoscópio demasiadamente firme sobre o vaso.
● Mãos do examinador e equipamento frios provocam aumento da pressão sanguínea.
● Interação entre examinado e examinador pode afetar a leitura da pressão arterial.