terça-feira, 10 de julho de 2012

ATENDIMENTO INICIAL - ABORDAGEM PRIMÁRIA


Abordagem Primária


Visa identificar e manejar situações de ameaça à vida, A abordagem inicial é realizada sem mobilizar a vítima de sua posição inicial, salvo em situações especiais que possam comprometer a segurança ou agravar o quadro da vítima, tais como:
● Situações climáticas extremas:Geada, chuva, frio, calor, etc.;
● Risco de explosão ou incêndio;
● Risco de choque elétrico;
● Risco de desabamento.

Obs.: Só se justifica mobilizar a vítima de sua posição inicial na abordagem primária quando a situação de risco não possa ser afastada.
Por exemplo: Havendo risco de choque elétrico e sendo possível a interrupção da passagem de energia, não há necessidade de mobilizar a vítima.

Na abordagem primária, havendo mais de uma vítima, o atendimento deve ser priorizado conforme o risco, ou seja, primeiro as que apresentem risco de morte, em seguida as que apresentem risco de perda de membros e, por último todas as demais. 

Esta recomendação não se aplica no caso de acidente com múltiplas vítimas, onde os recursos para o atendimento são insuficientes em relação ao número de vítimas e, por tanto, o objetivo é identificar as vítimas com maiores chances de sobrevida.A abordagem primária é realizada em duas fases:
1) Abordagem primária rápida;
2) Abordagem primária completa.

Abordagem Primária Rápida

É a avaliação sucinta da respiração, circulação e nível de consciência. Deve sercompletada em no máximo 30 segundos. Tem por finalidade a rápida identificação de condições de risco de morte, o início precoce do suporte básico de vida (SBV) e o desencadeamento de recursos de apoio, tais como médico no local e aeronave para o transporte.
Na abordagem primária rápida devem ser seguidos os seguintes passos:
1) Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da mesma está volta,garantindo-lhe o controle cervical;
2) Observar se a vítima está consciente e respirando. Tocando o ombro da vítimado lado oposto ao da abordagem, apresente-se, acalme-a e pergunte o que
aconteceu com ela: “Eu sou o... (nome do socorrista), do Corpo de Bombeiros, e
estou aqui para te ajudar. O que aconteceu contigo?”;
Uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente, que as vias aéreas estão permeáveise que respira. 


Caso não haja resposta, examinar a respiração. Se ausente a respiração, iniciar as manobras de controle de vias aéreas e a ventilação artificial.

3) Simultaneamente palpar pulso radial (em vítima inconsciente palpar direto o pulso carotídeo) e definir se está presente, muito rápido ou lento. Se ausente, palpar pulso de artéria carótida ou femoral (maior calibre) e, caso confirmado que a vítima está sem pulso, iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar.

4) Verificar temperatura, umidade e coloração da pele e enchimento capilar.
Palidez, pele fria e úmida e tempo de enchimento capilar acima de dois segundos
são sinais de comprometimento da perfusão oxigenação dos tecidos (choque hipovolêmico por hemorragia interna ou externa, por exemplo), que exigem intervenção imediata.

5) Observar rapidamente da cabeça aos pés procurando por hemorragias ou grandes deformidades.

6) Repassar as informações para a Central de Emergência.


Abordagem Primária Completa

Na abordagem primária completa segue-se uma seqüência fixa de passos estabelecida
cientificamente. Para facilitar a memorização, convencionou-se o “ABCD do trauma”
para designar essa seqüência fica de passos, utilizando-se as primeiras letras das
palavras (do inglês) que definem cada um dos passos:
1) Passo “A” (Airway) – Vias aéreas com controle cervical;
2) Passo “B” (Breathing) – Respiração (existente e qualidade);
3) Passo “C” (Circulation) – Circulação com controle de hemorragias;
4) Passo “D” (Disability) – Estado neurológico;
5) Passo “E” (Exposure) – Exposição da vítima (para abordagem secundária).

Lembre-se de somente passar para próximo passo após ter completado o passo
imediatamente anterior. Durante toda a abordagem da vítima o controle cervical deve ser mantido. Suspeitar de lesão de coluna cervical em toda vítima de trauma.



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