segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR - PARTE 2


3. Parada Respiratória

A parada respiratória evolui em alguns minutos para uma parada cardiopulmonar e apesar de ser a menor causa de paradas, possui resultados positivos quando aplicado RCP logo no início da parada, principalmente em obstrução de vias aéreas ou afogamento.

São causas de parada respiratória por ordem de incidência:
● Doenças do pulmão;
● Trauma;
● Obstrução de Vias Aéreas por inconsciência (queda da língua em contato
com as partes moles da boca);
● Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE);
● Acidente Cardiovascular (AVC);
● Overdose por drogas;
● Afogamento;
● Inalação de fumaça;
● Epiglotite e laringite;
● Choque elétrico;

4. Parada Cardíaca

Doenças cardíacas são a principal causa de morte em todo o mundo e em cerca de 60% destas mortes ocorre uma Parada Cardíaca Súbita (PCS). A parada cardíaca súbita corresponde a 80% das paradas cardiopulmonares. Estas paradas cardíacas súbitas tem como principal causa o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e durante o infarto a grande maioria das vítimas apresenta algum tipo de fibrilação ventricular (FV) durante a parada.

Nenhum tipo de RCP consegue reverter este quadro, mas garante a oxigenação dos tecidos até a chegada de um desfibrilador. Um RCP aplicado com alta qualidade pode dobrar ou triplicar as taxas de sobrevivência de PCS.

Outras causas de Parada Cardíaca são:
● Trauma direto no coração;
● Uso de Drogas.


5. Sinais de Parada Cardiopulmonar

São três os sinais que demonstram que uma vítima está em parada cardiopulmonar:
● Inconsciência sem resposta a estímulo;
● Ausência de movimentos respiratórios;
● Ausência de Pulso.

6. Delineação da idade

Crianças não devem ser vistas como pequenos adultos, nem tão pouco podemos afirmar que uma criança de 8 anos é igual fisiologicamente a um bebe de menos de 1 ano. Com o objetivo de aplicar as técnicas conforme a idade da vítima é necessário definir tal situação:

● Adultos: vítimas que apresentem caracteres sexuais secundários (pré-adolescentes);
● Crianças: a partir de 1 (um) ano de idade até a presença de caracteres sexuais secundários;
● Bebês ou lactentes: até 1 (um) ano de idade;
● Neonatos ou recém-nascidos: das primeiras horas do parto até a saída do hospital;

7. Corrente da Sobrevivência para Adultos

Como parte de um processo para diminuir as mortes por parada cardiopulmonar, tendo em vista que algumas pessoas são muito jovens para morrer apesar de alguma falha no coração, a American Heart Association (AHA) criou um fluxograma simples baseada em uma corrente com 4 (quatro) elos: a Corrente da Sobrevivência.



Cada elo da corrente de Sobrevivência significa:
● 1º - Reconhecimento imediato da emergência e acionamento do Sistema Médico de Emergência: ligue 192 ou 193;
● 2º - Aplicação de RCP desde logo;
● 3º - Aplicação imediata de choque com um desfibrilador assim que disponível;
● 4º - Suporte Avançado de Vida seguido de tratamento pós-ressuscitação.

Quem presencia uma parada cardiopulmonar pode prover 3 dos 4 elos se houver um desfibrilador disponível. Como esta ainda não é a realidade no Brasil, o ensino da corrente da sobrevivência é restrito aqueles que possam ter acesso a um desfibrilador, normalmente profissionais da área de saúde.

Caso a causa da parada cardiopulmonar derive de uma parada respiratória conhecida, a aplicação de 2 (dois) minutos ou 5 (cinco) ciclos de RCP desde logo precede ao acionamento do SME, se o socorrista estiver sozinho, pois este procedimento pode retomar rapidamente a respiração e circulação quando feito sem demora.




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